Universos
Chronologie aller Bände (1 - 1)
Die Reihenfolge beginnt mit dem Buch "ERA UMA VEZ NA TROPA". Wer alle Bücher der Reihe nach lesen möchte, sollte mit diesem Band von Ireneu de Sousa Mac beginnen. Die Reihe endet vorerst mit diese Titel.
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- Autor: de Sousa Mac, Ireneu
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- Medium: Buch
- Veröffentlicht: 20.06.2022
- Genre: Roman
ERA UMA VEZ NA TROPA
E a guerra colonial acabou? Não. Não acabou. Toda a guerra depois de finda ainda vive em nós. Uma guerra não acaba enquanto houver um último sobrevivente e enquanto os familiares ou amigos, que sofreram danos colaterais tiverem memória.
A absurdez e perversidade da guerra colonial marcaram a saúde, a personalidade e a carreira do autor, assim como o seu estilo de escrever.
Aqui são retratadas as vivências de um miliciano, em jeito de alter ego, forçado a entrar numa guerra de causas e motivações alheias, em condições muito adversas.
Uma guerra sem fundamento, sem preparação e sem solução. Uma guerra para onde foram lançados, à sua sorte e ao seu primário sentido de sobrevivência, milhares de portugueses subtraídos do seu ambiente, esbulhados da normal alegria da juventude.
Os traumas adquiridos para a vida toda, incluindo a “culpa do sobrevivente”, refletem- se, de certo modo, em alguns relatos.
Como bem disse o médico Gerhard Trabert: “Quem sobrevive sente-se culpado por ter sobrevivido e os outros terem morrido”. Por ter, quiçá, matado para sobreviver.
Num tempo em que outros Estados apontavam esforços ao desenvolvimento das suas próprias metrópoles, visando maximizar o bem-estar dos seus povos, em Portugal, os “cabeças de ouro” massacravam e a dizimavam a juventude, amputando famílias e traumatizando gerações.
A absurdez e perversidade da guerra colonial marcaram a saúde, a personalidade e a carreira do autor, assim como o seu estilo de escrever.
Aqui são retratadas as vivências de um miliciano, em jeito de alter ego, forçado a entrar numa guerra de causas e motivações alheias, em condições muito adversas.
Uma guerra sem fundamento, sem preparação e sem solução. Uma guerra para onde foram lançados, à sua sorte e ao seu primário sentido de sobrevivência, milhares de portugueses subtraídos do seu ambiente, esbulhados da normal alegria da juventude.
Os traumas adquiridos para a vida toda, incluindo a “culpa do sobrevivente”, refletem- se, de certo modo, em alguns relatos.
Como bem disse o médico Gerhard Trabert: “Quem sobrevive sente-se culpado por ter sobrevivido e os outros terem morrido”. Por ter, quiçá, matado para sobreviver.
Num tempo em que outros Estados apontavam esforços ao desenvolvimento das suas próprias metrópoles, visando maximizar o bem-estar dos seus povos, em Portugal, os “cabeças de ouro” massacravam e a dizimavam a juventude, amputando famílias e traumatizando gerações.